Advogado diz que corpo de amapaense assassinada na Bolívia pode ter sido manipulado para destruir provas do crime 

O corpo da estudante amapaense Jenifer Silva chegou nesta quarta-feira, 23, ao Amapá e foi recepcionado por familiares e amigos num momento de muita comoção no aeroporto internacional de Macapá. Antes de ser liberado para velório e sepultamento, o corpo de Jenifer passou por exame de necrópsia feito pela Polícia Técnico Científica do Amapá. Os familiares esperam que o exame ajude a esclarecer o que houve com Jenife. Eles têm muitas dúvidas quanto ao trabalho feito na Bolívia.

“A gente desconfia de muitas situações de lá. A Bolívia é um país conhecido mundialmente pela corrupção. Então a gente quer saber aqui, o que, de fato, é a verdade. Se houve controvérsia, se houve manipulação ou não”, diz Jessijeny Silva, irmã de Jenife.

A desconfiança veio depois que foram apontadas possíveis falhas na investigação da polícia boliviana, além dos rumores de que o crime poderia ter sido cometido por um homem de uma família muito influente no país, e não pelo adolescente que é apontado como autor.

O advogado Cícero Bordalo, que acompanha o caso, diz que não confia na versão das autoridades bolivianas e que o corpo pode ter sido manipulado para destruir provas do crime. “Quando eles souberam que nós iríamos fazer uma necrópsia aqui no Brasil, fizeram uma lá na Bolívia, mexeram todo o corpo da vítima, apagando as provas quen nós poderíamos constituir para a Corte Interamericana de Direitos Humanos”, diz o advogado.  

Velório e sepultamento

O velório está marcado para as 10h na avenida Rio Branco, 1267 e o sepultamento deve ocorrer as 16h no cemitério de Santana.

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