Categoria: Polícia

A Polícia Civil do Amapá anunciou, nesta segunda-feira, 22, a conclusão do inquérito que investigava a morte do presidente do Sindicato dos Taxistas do Estado (Sintax), Leandro de Souza Abreu. O inquérito resultou no indiciamento de quatro policiais que estavam envolvidos na operação policial que culminou na morte de Leandro e de outro homem, ocorrida em maio deste ano. Os militares já se encontravam afastados de suas funções.

O delegado Leonardo Leite, titular da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Pessoa (Decipe), revelou que os policiais foram indiciados por três graves acusações: homicídio simples, tentativa de homicídio simples e fraude processual. Durante a investigação, foram identificadas contradições nos depoimentos dos policiais, o que levantou suspeitas.

Segundo o delegado, a equipe de investigação ouviu os membros da guarnição responsável pela ação policial, bem como depoimentos de testemunhas. Os resultados dessas investigações foram determinantes para o indiciamento dos quatro policiais.

O trágico incidente envolveu a abordagem de um veículo que transportava quatro pessoas, incluindo Leandro de Souza Abreu e outro indivíduo que usava uma tornozeleira eletrônica. Tanto Leandro de Souza Abreu quanto o homem com a tornozeleira perderam a vida durante a ação policial.

Nesta sexta-feira, 20 de outubro, a Polícia Federal lançou a Operação Crateras, uma investida decisiva contra um possível grupo criminoso acusado de desviar recursos públicos federais na cidade de Oiapoque, localizada no extremo norte do país. A ação coordenada envolveu a execução de vinte mandados de busca e apreensão tanto na capital Macapá quanto no município fronteiriço de Oiapoque.

A operação, realizada sob a supervisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), mobilizou uma equipe de setenta agentes da Polícia Federal. Além disso, como parte das medidas tomadas, o prefeito de Oiapoque, Breno Almeida, o subprocurador municipal, secretários locais e outros servidores supostamente envolvidos no esquema foram afastados de seus cargos.

A investigação que culminou na Operação Crateras teve início há mais de um ano e concentrou-se na apuração de possíveis irregularidades em convênios estabelecidos entre o município de Oiapoque/AP e uma empresa do setor de construção. Estes convênios envolviam recursos federais provenientes do Programa Calha Norte, cujo montante totalizou aproximadamente R$ 1,5 milhão. Alarmantemente, as obras prometidas nos convênios nunca foram concluídas, apesar dos pagamentos integrais efetuados.

Os investigados poderão responder por uma série de crimes, incluindo organização criminosa, concussão, corrupção ativa e passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Caso sejam condenados, enfrentarão penas severas que podem chegar a até 50 anos de reclusão, além do pagamento de multas. A Operação Crateras representa um esforço significativo na busca por justiça e na repreensão de desvios de recursos públicos, fortalecendo a integridade na administração dos fundos federais destinados a projetos de infraestrutura na região.